Na última chamada da Seed Grant do MIT Portugal Program, foram aprovados dois projetos liderados por professores e investigadores do Departamento de Ciência dos Materiais (DCM) da NOVA FCT, que conquistaram 100 mil dólares para desenvolver o seu trabalho durante 15 meses.
O Programa MIT Portugal (MPP) é uma parceria internacional estratégica entre o MIT, universidades e instituições de investigação portuguesas, o governo português, bem como parceiros da indústria e de outras instituições não académicas, com o objetivo de promover investigação colaborativa. Estas bolsas destinam-se a encorajar essas colaborações e a gerar novas ideias e fazer avançar a investigação tanto em Portugal como no MIT. O financiamento agora conquistado irá permitir desenvolver dois projetos na área de "Digital Transformation in Manufacturing".
“Integração de novas ferramentas de simulação para a previsão da solidificação de metais em fabrico aditivo e soldadura”, liderado por João Pedro Oliveira, do DCM, irá desenvolver novas ferramentas de simulação multiescala (nano, micro e meso) para prever a evolução microestrutural durante a solidificação de metais durante processos de soldadura ou fabrico aditivo baseados em fusão. Estas ferramentas serão validadas através de diversas técnicas de caracterização microestrutural com vista não só a melhor controlar os parâmetros do processo, mas também a resposta mecânica e/ou funcional dos materiais produzidos. O trabalho será realizado em colaboração com o Professor Rodrigo Freitas, do MIT.
Ana Baptista, também do DCM, coordena o projeto “Modernização de têxteis fotovoltaicos para efeitos de escalabilidade e aplicações vestíveis” em colaboração com o Professor Joseph Paradiso, do MIT. Com esta investigação pretende-se utilizar a impressão a jato de tinta, uma técnica acessível e amplamente utilizada na indústria têxtil, para fabricar células fotovoltaicas em grandes superfícies têxteis e permitir que a produção de têxteis fotovoltaicos, cuja energia solar pode ser aproveitada de novas formas, como em sacos, panos, cortinas, tendas, velas ou lonas de construção, seja mais acessível e sustentável. Esta técnica contribuirá para modernizar a indústria têxtil portuguesa e promover a sustentabilidade, ou mesmo ecoturismo.